"O que estamos fazendo agora com o Brasil é tentando resolver problemas específicos para o País se abrir e para criar empregos para a América. No momento, não temos planos para um FTA (sigla de acordo de livre comércio, em inglês) com o Brasil", afirmou Lighthizer. A afirmação foi uma resposta do representante do governo Trump a pergunta da deada Stephanie Murphy, democrata da Flórida, sobre as negociações com o governo brasileiro.
A parlamentar foi a única integrante da oposição da Comissão de Orçamento e Assuntos Tributários da Câmara americana que não assinou uma carta a Lighthizer em que deados disseram se opor à negociação comercial com o Brasil. Em uma comunicação a Lighthizer, 24 deados - incluindo o presidente do colegiado, Richard Neal - afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro é "um líder que desconsidera o estado de direito e tem desmantelado árduo progresso nos direitos civis, humanos, ambientais e trabalhistas" no País.
"Eu compartilho das sérias preocupações que meus colegas levantaram sobre a direção e a natureza das políticas do governo brasileiro", afirmou a deada. Ela disse não ter assinado o documento, no entanto, porque o Brasil é o maior parceiro de exportações da Flórida. A parlamentar quis saber como os EUA irão assegurar que o País está comprometido com os valores americanos como proteção ao estado democrático e garantias trabalhistas e ambientais ao fazer o acordo com o país. O representante comercial do governo Trump se limitou a dizer que não há acordo de livre comércio na mesa com o Brasil no momento.